Tentativa de homicídio. Prisão preventiva. MP. DIAP de Coimbra

O Ministério Público apresentou a primeiro interrogatório judicial, no dia 21 de janeiro, uma arguida, de 20 anos, indiciada da prática de um crime de homicídio qualificado, na forma tentada.
Os factos ocorreram entre os dias 31 de dezembro de 2024 e 02 de janeiro de 2025, no interior de uma unidade hospitalar de Coimbra, onde se encontrava internado o filho da arguida, de cinco meses, traqueostomizado, com uma cânula para permitir o fluxo respiratório.
Nessa circunstância, a arguida, no dia 31 de dezembro, colocou uma porção de algodão no interior da cânula, com o intuito de impedir a criança de respirar.
Contudo, foi a arguida quem alertou a equipa médica para as dificuldades respiratórias evidenciadas pela criança.
Noutra ocasião, no dia 02 de janeiro, com o intuito de tirar a vida ao seu filho, colocou alguns pedaços de papel no interior da cânula, obstruindo-a totalmente e impedindo o fluxo respiratório do bebé, provocando-lhe uma paragem cardiorrespiratória.
No decurso do interrogatório judicial, a arguida confessou a intenção de matar o filho, tendo o juiz de Instrução Criminal, em consonância com o promovido pelo Ministério Público, determinado que a mesma aguardasse os ulteriores termos do processo sujeita às medidas de coação de prisão preventiva, proibição de contactos e suspensão do exercício das responsabilidades parentais.
A investigação é dirigida pelo Ministério Público da 1.ª Secção de Coimbra do Departamento de Investigação e Ação Penal da comarca de Coimbra, com a coadjuvação da Diretoria do Centro da Polícia Judiciária.