Ao abrigo do disposto no art.º 86.º, n.º 13, alínea b) do Código de Processo Penal, informa-se:
O Ministério Público apresentou a primeiro interrogatório judicial, no dia 27 de outubro, cinco detidos, do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 22 e os 63 anos e relações familiares entre si, indiciados da prática de um crime de homicídio qualificado e de um crime de profanação de cadáver.
Os factos fortemente indiciados ocorreram em agosto de 2022, num bairro do concelho da Figueira da Foz, sendo a vítima um homem de 32 anos.
Nessas circunstâncias, os arguidos, convencidos que a vítima tinha subtraído droga e armas a um deles, para se vingarem, atraíram-na ao local dos factos e, em comunhão de esforços e intenções, agrediram-na com pontapés, murros e usando objetos de natureza contundente.
Em consequência, os arguidos provocaram lesões na cabeça da vítima que lhe causaram a morte.
Após, os arguidos transportaram o cadáver num veículo, para uma zona isolada, junto de uma vala de regadio, amarraram um tijolo com cerca de 23 kg à cintura do mesmo, com uma corda, e afundaram-no naquela vala, por forma a escondê-lo e a ocultar a sua morte. Apesar disso, o cadáver imergiu parcialmente, vindo a ser localizado no dia 27 de agosto de 2022.
O juiz de Instrução Criminal, em consonância com o promovido pelo Ministério Público, determinou que os arguidos aguardassem os ulteriores termos do inquérito sujeitos às medidas de coação de prisão preventiva e de obrigação de não contactarem, por qualquer meio, com quaisquer intervenientes nos autos, designadamente testemunhas.
A investigação é dirigida pelo Ministério Público da 1.ª Secção da Figueira da Foz do Departamento de Investigação e Ação Penal da comarca de Coimbra, com a coadjuvação da Diretoria do Centro da Polícia Judiciária.
O inquérito encontra-se em segredo de justiça.