O Ministério Público apresentou a primeiro interrogatório judicial, no dia 30 de setembro, um detido, do sexo masculino, com 34 anos, indiciado da prática de dois crimes de violência doméstica e de um crime de maus-tratos a animais de companhia.

Os factos ocorreram entre julho de 2022 e setembro de 2022, no concelho de Coimbra, tendo o Tribunal considerado encontrar-se fortemente indiciado que o arguido molestou física e psicologicamente as vítimas, seus progenitores, na residência destes, onde os três coabitavam.

Nessas circunstâncias, o arguido insultou as vítimas, dirigindo-lhe expressões e nomes ofensivos, assim como ameaçou de morte o pai e atingiu-o com uma enxada no nariz e braço, provocando-lhe ferimentos que necessitaram de tratamento médico.

Resultou, ainda, indiciado que, no dia 27 de setembro de 2022, o arguido agrediu a cadela do seu pai com pancadas e pontapés, provocando dores ao animal.

O arguido já foi condenado por diversos crimes, incluindo de roubo, encontrando-se em liberdade condicional desde abril de 2022.

O juiz de Instrução Criminal determinou que o arguido aguardasse os ulteriores termos do processo sujeito às medidas de coação de obrigação de permanência em instituição a indicar pela Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), ficando, entretanto, sujeito à obrigação de permanência em habitação, com vigilância eletrónica, e à proibição de contactar com as vítimas, seus progenitores.

A investigação é dirigida pelo Ministério Público da Secção Especializada em Violência Doméstica do Departamento de Investigação e Ação Penal da comarca de Coimbra, com a coadjuvação da PSP de Coimbra.