O Ministério Público apresentou a primeiro interrogatório judicial, no dia 31 de janeiro, um detido, do sexo masculino, de 43 anos, indiciado, para além do mais, da prática de um crime de homicídio, na forma tentada.

Os factos fortemente indiciados ocorreram no dia 29 de janeiro, na residência onde o arguido coabitava com a vítima, no concelho de Cantanhede.

Nessas circunstâncias, após um desentendimento entre o arguido e a vítima, casados entre si, aquele muniu-se de uma faca de cozinha e empunhou-a na direção desta última.

Nessa sequência, a vítima saiu de casa, correndo para a rua, indo o arguido no seu encalço, com a faca em riste. Quando a conseguiu alcançar, estando a mesma caída no solo por ter tropeçado, o arguido desferiu treze facadas em várias partes do corpo da vítima, com maior incidência na zona do peito/tronco.

Com consequência dessa conduta, a vítima sofreu vários ferimentos, nomeadamente perfuração do pulmão.

A morte da vítima só não ocorreu por circunstâncias alheias à vontade do arguido, designadamente pelo facto de um terceiro o ter impedido de prosseguir os seus intentos.

A juíza de Instrução Criminal determinou que o arguido aguardasse os ulteriores termos do inquérito sujeito à medida de coação de prisão preventiva.

A investigação prossegue sob a direção do Ministério Público da 1.ª Secção da Figueira da Foz do Departamento de Investigação e Ação Penal da Comarca de Coimbra, com a coadjuvação da Diretoria do Centro da Polícia Judiciária.